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Setembro Amarelo: Mês da prevenção ao suicídio

 

 

Setembro foi escolhido para ser a época de reflexão sobre um problema grave, que tem acometido cada vez mais os jovens no mundo inteiro: o suicídio.Segundo estudo realizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim a própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso. Hoje no país, 32 pessoas por dia tiram a própria vida.Na maioria das vezes, no entanto, é possível evitar que esses pensamentos suicidas virem realidade. Por isso, é essencial deixar os preconceitos de lado e conferir alguns dados básicos sobre o assunto.A primeira medida preventiva é a educação: é preciso deixar de ter medo de falar sobre o assunto, derrubar tabus e compartilhar informações ligadas ao tema. Quando as pessoas passaram a conhecer melhor esses problemas, sabem quais as principais causas e as melhores formas de ajudar.


COMO PODEMOS DEFINIR O SUICÍDIO
Suicídio é um gesto de autodestruição, realização do desejo de morrer ou de dar fim à própria vida. É uma escolha ou ação que tem graves implicações sociais. Pessoas de todas as idades e classes sociais cometem suicídio. A cada 40 segundos uma pessoa se mata no mundo, totalizando quase um milhão de pessoas todos os anos. De cada suicídio, de seis a dez outras pessoas são diretamente impactadas, sofrendo sérias consequências difíceis de serem reparadas.


O QUE LEVA UMA PESSOA A SE MATAR
Vários motivos podem levar alguém ao suicídio. Normalmente, a pessoa tem necessidade de aliviar pressões externas como cobranças sociais, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação etc.
No momento em que tem ideias suicidas, a pessoa combina dois ou mais sentimentos ou ideias conflituosos. É um estado interior chamado de ambivalência. Ela busca atenção por se sentir esquecida ou ignorada e tem a sensação de estar só – 
isolamento insuportável. Quase sempre, sentem uma necessidade de alcançar paz, descanso ou um final imediato aos tormentos que não terminam.


PESSOAS QUE AMEAÇAM SE MATAR PODEM DESISTIR DA IDEIA
Ao receber ajuda preventiva ou oferta de socorro diante de uma crise, elas podem reverter a situação ao colocar para fora seus sentimentos, ideias e valores, alterando, assim, seu estado interior. Essa ajuda pode vir através de profissionais de saúde (psicólogos e psiquiatras), contribuição muitas vezes indispensável, especialmente nos casos de descontrole. É frequente pedir ajuda em momentos críticos, quando o suicídio parece uma saída. A vontade de viver aparece sempre, resistindo ao desejo de se autodestruir. De forma inesperada, as pessoas se veem diante de sentimentos opostos, o que faz com que considerem a possibilidade de lutar para continuar vivendo. Encontrar alguém que tenha disponibilidade para ouvir e compreender os sentimentos suicidas fortalece as intenções de viver.


COMO O SUICÍDIO É VISTO PELA SOCIEDADE
O suicídio foi e continua sendo um tabu entre a maioria das pessoas. É um assunto proibido e que agride várias crenças religiosas. O tabu também se sustenta porque muitos veem o suicida como um fracassado. Por outro lado, os homens, por natureza, não se sentem confortáveis para falar da morte, pois isso expõe seus limites e suas fraquezas. Esse tabu piora a situação de muitos. Muitas vezes, mesmo aqueles que seguem religiões que condenam o suicídio não conseguem respeitar suas crenças e acabam dando fim à própria vida.


O MUNDO ATUAL TEM INFLUÊNCIA NO NÚMERO DE SUICÍDIOS
As estatísticas mostram que o suicídio cresce não somente por questões demográficas e populacionais, mas também por problemas sociais que prejudicam o bem-estar de cada um e que estimulam a autodestruição. Nossa sociedade vive com diversas situações de agressão, competição e insensibilidade. Campo fértil para que transtornos emocionais se desenvolvam. O antídoto para combater essa situação limita-se, no momento, ao sentimento humanitário que algumas pessoas têm.


O SUICÍDIO PODE SER PREVENIDO
Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, desde que existam condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional.


Lídia Vanini – Psicóloga
Fonte: Falando aberto sobre suicídio. 2015 - adaptado

 

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